A Câmara dos Deputados discute um aumento no número de parlamentares, passando de 513 para 531 cadeiras. A medida, impulsionada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a proporcionalidade populacional, beneficiaria estados como Mato Grosso, que ganharia mais um deputado federal em 2026.
A proposta de aumentar o número de deputados federais de 513 para 531 está em análise na Câmara dos Deputados. A mudança, baseada no crescimento populacional, permitiria a Mato Grosso ampliar sua bancada de 8 para 9 parlamentares, beneficiando também outros estados.
A iniciativa ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) atender a uma ação do Estado do Pará, que pleiteava a redistribuição das cadeiras com base na proporcionalidade populacional, conforme determina a Constituição Federal. A Carta Magna estabelece que cada estado deve ter entre 8 e 70 deputados, proporcionalmente à sua população.
Com cerca de 3,6 milhões de habitantes, Mato Grosso é atualmente representado por Coronel Assis e Gisela Simona (União Brasil), Coronel Fernanda, José Medeiros, Rodrigo Zaeli e Nelson Barbudo (PL), além de Emanuelzinho e Juarez Costa (MDB).
Além de Mato Grosso, estados como Amazonas (+2), Ceará (+1), Goiás (+1), Minas Gerais (+1), Pará (+4) e Santa Catarina (+4) também ganhariam representatividade. Em contrapartida, sete estados perderiam cadeiras: Alagoas (-1), Bahia (-2), Paraíba (-2), Pernambuco (-1), Piauí (-2), Rio de Janeiro (-4) e Rio Grande do Sul (-2).
O tema foi mencionado na campanha de Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para presidir a Câmara dos Deputados, mas enfrenta resistência de estados que perderiam cadeiras e de parlamentares preocupados com o impacto nos gastos públicos.
A atualização deve ser concluída até 30 de junho deste ano. Caso a redistribuição não seja aprovada pela Câmara, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá a responsabilidade de implementar as mudanças, previstas para valer nas eleições de 2026.